Todo apoio à greve dos professores da rede estadual de SP

25/3/2015 - “Todo ano é a mesma novela” falou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) diante da deflagração da greve dos professores da rede estadual no último dia 13. De fato, uma verdade. A paralisação dos professores repete a mesma novela. Mas não no sentido que o tucano quis dar a entender, tentando desmoralizar a mobilização.

A greve na educação pública do estado é a mesma novela, porque, infelizmente, os professores precisam ir à luta novamente em defesa de um ensino de qualidade e contra os ataques do governo de Alckmin, que trata com descaso e negligência a educação de mais de 4 milhões de crianças e jovens.

Já no início do ano letivo os professores e funcionários da rede de ensino paulista denunciaram. Após um corte de verbas em torno de R$ 800 milhões, milhares de salas de aula foram fechadas. Turmas inteiras deixaram de existir, professores foram demitidos, classes passaram a ficar ainda mais superlotadas. A política de corte de gastos do governo tucano resultou até mesmo na falta de materiais básicos nas escolas, como giz, papel higiênico, copos, etc. Sem contar, os ataques aos direitos e condições de trabalho dos professores, que a cada ano estão mais precarizados. A educação pública agoniza na UTI.

A greve dos profissionais da educação traz à tona a denúncia desta realidade. Exige soluções. Reivindica melhores condições de trabalho, melhores condições de ensino, enfim, quer uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.

Os governantes enchem a boca para falar em educação, mas na prática, priorizam o superávit primário para pagamento da Dívida Pública a banqueiros em detrimento dos investimentos em educação. Assim como Alckmin, o governo Dilma (PT) também cortou mais de R$ 7 bilhões do Orçamento da Educação este ano. As universidades federais também enfrentam uma situação caótica.

Os ataques à educação são apenas um aspecto do ajuste fiscal que está sendo aplicado a ferro e fogo pelos governos.

Essa é uma luta de todos. Somente a mobilização de professores, pais, alunos, dos trabalhadores em geral, é que pode mudar esse quadro. Todo apoio e solidariedade à greve dos professores!