26 de março é Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação

24/3/2015 - Em meio a greves de professores da rede pública e lutas nas universidades em São Paulo e em várias capitais do país, esta quinta-feira, dia 26 de março, será um Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação. Será um dia para denunciar os ataques dos governos e lutar em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade.

A data foi convocada inicialmente por organizações estudantis como Anel, Juntos e Esquerda da UNE, mas foi incorporada por outras entidades do setor como os sindicatos de profissionais da educação estadual do Rio de Janeiro, o Sepe, e o  SindRede de Belo Horizonte, o Andes-SN e o Sinasefe, além de compor o calendário de lutas da CSP-Conlutas.

Várias atos e atividades já estão programados, como em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro (confira parte da programação no site da CSP-Conlutas).

Ajuste fiscal na educação
Apesar do suposto lema do governo Dilma (PT) para seu segundo mandato de “Pátria Educadora”, a educação pública vem sofrendo fortes ataques e redução de investimentos. A área foi uma das mais afetadas pelos cortes no Orçamento anunciados pelo governo, perdendo pelo menos R$ 7 bilhões no ano. Tudo para garantir o superávit primário e o pagamento dos juros da Dívida Pública a banqueiros.

Os governos estaduais não estão fazendo diferente. O governo Alckmin (PSDB), por exemplo, cortou R$ 800 milhões do orçamento da educação. No Paraná, Beto Richa (PSDB) também quer aplicar um brutal ajuste fiscal que ataca a educação.

O resultado é uma educação cada vez mais sucateada. Nas universidades públicas a situação é precária. Em razão do ajuste fiscal do governo, falta dinheiro para pagar os salários de funcionários terceirizados, contas de energia e água, garantir gastos com materiais de manutenção e políticas de permanência estudantil. O início das aulas foi adiado em várias universidades. Bolsas estudantis estão sendo cortadas.

Já na rede estadual de ensino, como em São Paulo, os ataques tiveram início logo após as eleições do ano passado. Alckmin cortou verbas para a manutenção das escolas, fechou milhares de salas de aula em todo o estado, levando à consequente superlotação de classes. Milhares de professores, contratados nos últimos anos em caráter precário (categoria O) estão impedidos de assumirem novas aulas por duzentos dias.

Para completar o descaso com a educação de mais de quatro milhões de crianças e jovens, Alckmin aumentou o seu próprio salário, dos secretários e deputados estaduais. Enquanto isso, faltam materiais básicos nas escolas como papel higiênico, giz, copos, etc e o governador se nega a atender as reivindicações dos professores em greve desde o último dia 13.


Ato em São José dos Campos
Em São José dos Campos, os companheiros da Oposição Alternativa da Apeoesp realizarão um ato na Praça Afonso Pena, às 15 horas. O objetivo é realizar uma passeata com a participação de professores, pais e alunos e debater junto à população a gravidade do ajuste fiscal que está sendo aplicado pelo governo e os ataques à educação.

Os professores de São Paulo iniciaram uma greve por tempo indeterminado. No Paraná, a categoria também já se mobiliza, sem contar várias mobilizações estudantis e de trabalhadores nas universidades públicas. Trabalhadores e estudantes estão demonstrando disposição de luta e esse é o caminho. O PSTU se coloca a serviço destas lutas e do seu fortalecimento”, afirma o presidente do PSTU de São José dos Campos e suplente de deputado federal Toninho Ferreira.