Trabalhadores voltam às ruas no 1° de Maio. Em São José, ato reuniu diversas categorias

2/5/2017 - Fortalecidos após a vitoriosa Greve Geral do último dia 28, os trabalhadores voltaram às ruas neste dia 1° de Maio e realizaram atos em várias cidades do país. A luta contra as reformas e o Fora Temer foram bandeiras que praticamente unificaram as manifestações.

Em São José dos Campos, repetindo a unidade que garantiu a maior Greve Geral que o país assistiu nos últimos 30 anos, vários sindicatos reuniram-se novamente na Praça Afonso Pena, no centro da cidade. A manifestação contou com representantes de categorias como metalúrgicos, químicos, professores, servidores municipaís, trabalhadores dos Correios, da alimentação, aposentados, juventude, condutores e comerciários. Estiveram representadas as centrais sindicais CSP-Conlutas e CUT, e militantes do PSTU, PSOL, MAIS e PT.

A disposição de luta segue forte para derrotar as reformas da Previdência, Trabalhista e a terceirização.

“As reformas são rechaçadas pela maioria da população brasileira. Após o sucesso da Greve Geral, temos que tirar a data da próxima greve e pressionar as centrais sindicais e os parlamentares a não apresentarem nenhuma emenda a estes projetos de lei, mas sim a defenderem sua retirada de pauta”, afirmou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José e região Weller Pereira.

Ao longo da manifestação, os representantes de todas as entidades destacaram a vitória da Greve Geral e o fortalecimento da unidade e da luta da classe trabalhadora, apontando para intensificar as mobilizações. A realização de uma grande marcha a Brasília e a realização de uma nova greve geral, agora de dois dias, foram algumas das propostas apresentadas.

 “O dia 1° de Maio tradicionalmente é um dia internacional de luta dos trabalhadores, mas este ano ganha ainda mais importância em razão da luta contra o governo Temer em curso. Hoje é a continuidade da grande greve geral que realizamos no dia 28. Vamos preparar os próximos passos e organizar uma grande Marcha a Brasília e intensificar as paralisações com a realização de dois dias de Greve Geral para derrotar as reformas e por pra fora Temer e esse Congresso de picaretas”, disse Toninho Ferreira, presidente do PSTU de São José dos Campos.

“Acima de tudo, precisamos fortalecer e criar ainda mais conselhos populares, que foram formados nas últimas semanas em vários locais do país, pois esse é o caminho por onde podemos avançar rumo à construção de uma nova alternativa com os operários e o povo no poder”, disse.


1° de Maio no Brasil e no mundo
Em todo o mundo, o 1° de Maio, Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores, foi marcado por manifestações e protestos. Além das tradicionais bandeiras em defesa dos direitos e por melhores condições de trabalho, a luta contra reformas dos governos que atacam os direitos e planos de austeridade se destacaram.

Ato na Praça da Sé, em SP

Protesto na França
Nas principais capitais e cidades do mundo ocorreram manifestações que levaram milhares às ruas. Muitas com forte repressão. Foi assim, por exemplo, em Paris (França), Istambul (Turquia), Jacarta (Indonésia), Berlim (Alemanha) e Moscou (Rússia).

Os trabalhadores franceses também lutam contra uma reforma trabalhista. Na Grécia, milhares se reuniram no Parlamento, em Atenas, contra as medidas de austeridade econômica, exigidas por credores da dívida do país. Na Espanha, foram convocadas marchas em pelo menos 70 cidades, como Madri, Barcelona, Sevilha e Valência, sob o slogan "Sem mais desculpas". Os sindicatos exigem o fim das reformas trabalhistas no país, lideradas pelo primeiro-ministro, Mariano Rajoy. Nos Estados Unidos, onde a data não é oficial, foram várias manifestações contra o presidente norte-americano Donald Trump e em homenagem aos imigrantes, que têm sido um dos alvos do governo.

No Brasil, ocorreram várias manifestações, que novamente reuniram milhares de manifestantes. Em São Paulo, a CSP-Conlutas e outras organizações como a Pastoral Operária Metropolitana de SP, Intersindical, Unidos pra Lutar, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Sindicato dos Metroviários de SP, MAIS, POR, PCB, PSTU e PSOL realizaram um ato na tradicional Praça da Sé.

Com informações sites de notícias Uol e El País