Em assembleias, trabalhadores seguem fortalecendo campanha “Fora Todos, Eleições Gerais já”


14/4/2016 - Às vésperas da votação do impeachment da presidente Dilma, no próximo domingo, a exigência “Fora Todos, Eleições Gerais já” segue ganhando força entre os trabalhadores. Nesta quinta-feira, dia 14, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos realizou assembleias com os operários da Gerdau e da Friulli, que aprovaram por unanimidade a campanha que defende que saiam todos do poder.

Os metalúrgicos entendem que assim como Dilma, o vice Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, que estão na linha sucessória da presidência da Republica em caso de impeachment, ou mesmo Lula ou Aécio, que tentam se cacifar como alternativas, não são opções que possam atender os interesses dos trabalhadores.

No início da semana, os trabalhadores da Embraer, da unidade de Eugenio de Melo, e os funcionários da Heatcraft também aprovaram “Fora Todos”, após uma passeata unificada, que durou cerca de uma hora até as portarias das empresas. Ao todo, metalúrgicos de 16 fábricas da categoria já aprovaram em assembleias e manifestações adesão à campanha.

“É fundamental que, neste momento, em que a crise se aprofunda e a burguesia tenta emplacar um seus nomes para tentar sair da crise e colocar em prática seus planos de ajuste fiscal, os trabalhadores tomem a frente dessa luta”, avalia o presidente do PSTU de São José dos Campos e suplente de deputado federal, Toninho Ferreira, que tem acompanhado as manifestações.

“Se depender dos poderosos, eles vão acabar fazendo um acordão para se manterem um ou outro no poder, mas principalmente para aplicar os ataques que banqueiros e empresários exigem, como a Reforma da Previdência. Só os trabalhadores entrando com força nesse jogo, com suas lutas e nas ruas, rumo à uma Greve Geral, poderemos construir uma nova alternativa independente do governo e da oposição pela direita, ambos corruptos e inimigos da nossa classe”, disse.

“É preciso por todos pra fora, realizar eleições gerais sob novas regras, e acima de tudo construir uma nova alternativa, um governo socialista dos trabalhadores, que governe apoiado em conselhos populares”, concluiu Toninho.