Apesar de manobra de Alckmin, ocupação nas escolas contra reorganização continua!

20/11/2015 - O governo Alckmin bem que tentou, mas não conseguiu. Em audiência no dia de ontem, no Tribunal de Justiça de São Paulo, o Secretário de Educação, Heman Voorward, tentou suspender as ocupações das escolas com uma manobra, mas os estudantes não se deixaram enganar e decidiram pela continuidade das ocupações e ampliação da mobilização contra a proposta de reorganização do governo.

Herman propôs suspender a reorganização do ensino até 4 de dezembro, mediante desocupação imediata dos prédios. As escolas receberiam, em até 48 horas, um material explicativo sobre o projeto e sobre como ele atingiria as unidades. Depois disso, pais, alunos e professores discutiriam com a diretoria de ensino e apresentariam uma nova proposta para a Secretaria de Educação.

A Folha de S.Paulo se antecipou e divulgou a informação de que o governo teria suspendido a reorganização, sem explicar todo o conteúdo da proposta, o que num primeiro momento foi comemorado pelo movimento, mas os estudantes trataram logo de denunciar a manobra.

A suspensão seria apenas por dez dias e o secretário não garantiu que as propostas da comunidade escolar sequer seriam acatadas pelo governo. Ao contrário, ele garantiu que a política de reorganização não será suspensa. A confusão, claramente, tinha o objetivo de desmobilizar o movimento.

Os alunos não tiveram dúvida: a decisão é que as ocupações continuam!

Aumentar a pressão
Tem sido diário o crescimento do número de escolas ocupadas em São Paulo. Segundo levantamento da Apeoesp, até ontem eram 64 unidades ocupadas.

Apesar da intransigência e da truculência características do governo tucano, o fato é que Alckmin está sentindo a pressão. As ocupações expressam uma forte mobilização da juventude, o que já é um fato vitorioso, pois deixaram o governo recuado e na defensiva, obrigando-o a negociar.

Na audiência de ontem, a propostas dos estudantes, juntamente com a defensora pública, é que a reorganização seja suspensa durante um ano para ser discutida com todas as escolas de forma democrática, com ampla participação de estudantes, pais e professores. Até lá, que nenhuma escola seja fechada.

O governo ficou de responder em uma nova audiência na próxima segunda-feira.

É preciso fortalecer e ampliar as ocupações. É possível barrar este projeto de reorganização de Alckmin, que nada mais é do que a aplicação do ajuste fiscal para cortar recursos da Educação.