PSTU é proporcionalmente o partido com maior número de candidatas mulheres nessas eleições

1/9/2014 - Proporcionalmente, o PSTU é o partido que apresenta o maior número de candidaturas femininas nessas eleições, com 40% de candidatas mulheres contra 60% de homens. São trabalhadoras, mães e jovens estudantes que lutam diariamente contra o machismo e a exploração e vêm apresentar um projeto feminista e classista nessas eleições.

Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que divulgou o perfil dos 26.106 candidatos que disputam cargos nas eleições deste ano. Dentre os demais partidos que participam do pleito, observa-se que a maioria apenas cumpre a regra da cota mínima de 30% das vagas para candidaturas femininas (Veja no gráfico).

As mulheres correspondem atualmente a mais de 50% da população e à metade da classe trabalhadora do país. Mesmo assim, elas ocupam menos de 10% das vagas no Congresso e no Senado, o que mostra o machismo reproduzido inclusive dentro dos partidos.


No PSTU é diferente. Trabalhamos cotidianamente para, em nossas fileiras, superar as desigualdades de gênero impostas pelo capitalismo, incentivando a formação permanente, a elaboração política e a auto-organização das mulheres trabalhadoras.

“Este não é um trabalho fácil. As mulheres são responsáveis pela execução dos serviços mais precarizados, recebem em média 30% menos que os homens exercendo a mesma função, são submetidas à dupla jornada de trabalho e sofrem mais com a precariedade dos serviços públicos como saúde, educação e transporte. Tudo isso, sem contar a opressão machista, que nos inibe a opinar e participar da vida política”, avalia Raquel de Paula, mulher negra, mãe e trabalhadora dos Correios e candidata a deputada estadual pelo PSTU.

Por isso, é muito mais difícil que as mulheres se disponham a participar das eleições e da política em geral.

Negros e indígenas também têm destaque
O PSTU também é o partido com maior número de candidatos declarados negros e indígenas (veja gráfico).

Além de Raquel, a candidata a vice-presidente da república pelo PSTU, Cláudia Durans, é uma mulher negra e ativista nos movimentos contra a opressão machista e racista. Em nossa região, destacamos ainda as candidaturas dos operários negros Renatão e Luiz Carlos Prates, o Mancha.

“É um orgulho para nós apresentarmos candidaturas que sejam a cara da classe trabalhadora de nosso país, com mulheres, negros e negras”, afirma Raquel.