Camarada Didi, presente!


16/9/2014 - Faleceu na manhã desta terça-feira, dia 19, Dirceu Travesso, o Didi, dirigente histórico do PSTU e da CSP-Conlutas. Vítima de um câncer no pulmão, Didi ficou internado por 45 dias no Hospital do Câncer, em São Paulo.

A classe trabalhadora perde um de seus grandes combatentes.  Didi enfrentava o câncer há cinco anos. Foram anos de muita luta. Não só uma corajosa batalha contra a doença que o afetava, mas acima de tudo, anos de luta pelo que sempre acreditou.

Ao invés de esmorecer, Didi arranjou mais forças, mais disposição, mais coragem para continuar lutando em defesa da classe trabalhadora.

Com longa trajetória na luta política e sindical dos trabalhadores brasileiros, Didi começou a militar em 1977, ainda quando era estudante da Universidade de São Carlos.

Ali, organizou manifestações pela libertação de operários que estavam sendo presos e torturados. De certa forma, foram manifestações que garantiram a vida desses presos políticos. Eram eles Celso Brambilla, Márcia Basseto e José Maria de Almeida.

Didi foi um dos que lutaram contra a ditadura militar. Militante da Convergência Socialista, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em 1994, foi um dos fundadores do PSTU.

Quando da ruptura da CUT já nos anos 2000, Dirceu foi fundamental para a organização de uma alternativa de esquerda no movimento sindical e popular no Brasil: a CSP-Conlutas.

Entrou para a categoria bancária no início dos anos 80, onde atuou por anos. Trabalhou no Itaú, Bradesco, Banco Noroeste e na Nossa Caixa. Fez parte da organização nacional da categoria na década de 1980. Esteve na diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo e também na construção da oposição bancária.

Atualmente, atuava na área internacional da CSP-Conlutas, articulando campanhas internacionalistas dos trabalhadores e coordenando a Rede Internacional de Solidariedade e Lutas.

Didi foi um incansável defensor da classe trabalhadora, da construção do partido revolucionário e do internacionalismo. Ficará sempre presente e a melhor forma de homenageá-lo será continuarmos sua luta.

Camarada Didi, presente!