Maioria rejeita reformas da Previdência e trabalhista e 41% fariam greve, revela pesquisa

12/5/2017 - Uma nova pesquisa revela o que é claramente perceptível nas ruas: a população brasileira é contra as reformas do governo Temer que atacam os direitos trabalhistas, a aposentadoria e as condições de trabalho. Segundo a pesquisa DataPoder360, a rejeição à reforma da Previdência é de 66%.  A reforma trabalhista é reprovada por 62% dos entrevistados.

Mesmo com uma campanha publicitária do governo enaltecendo a proposta na TV e no rádio, e do apoio escancarado da maioria dos meios de comunicação, só 20% dos entrevistados se dizem favoráveis à mudança. O resultado é menor do que o verificado pela pesquisa feita em abril, quando 24% responderam ser a favor da reforma.

Os brasileiros que se mostram mais contrários a mudanças na aposentadoria e nas regras de contratação de trabalhadores são os que estão na faixa dos 25 aos 44 anos. Em ambos os casos, 72% reprovam essas duas reformas.

Apoio às greves e protestos
O DataPoder360 também perguntou se os entrevistados fariam greve ou participariam de protestos caso as reformas do governo fossem aprovadas da forma que foram apresentadas. As respostas positivas foram 41%. Entre os mais jovens (de 16 a 24 anos), a intenção de aderir a esses atos é de 55%. Índices considerados altos pelo instituto.

Tomar Brasília e realizar uma nova Greve Geral
Outras pesquisas realizadas nos últimos meses trazem dados semelhantes, até maiores, mas que revelam o mesmo quadro: a total rejeição às reformas, que Temer planeja implementar a todo custo, para garantir que o povo pague a conta da crise, e os lucros de banqueiros e grandes empresários sejam preservados.

No dia 28/4, os trabalhadores deram a demonstração do que são capazes. O Brasil parou, de norte a sul, na maior Greve Geral da história do país. A classe operária aderiu em peso: metalúrgicos, químicos, têxteis, calçados, alimentação, vidreiros, construção civil, operários agrícolas, entre outros setores. Do alfinete ao avião, tudo parou, mostrando que é a classe trabalhadora quem produz a riqueza e tem o poder de controlar a produção.

Temer só tem o apoio do empresariado e dos corruptos do Congresso Nacional, cujos votos estão sendo comprados a peso de ouro através de liberação de emendas, distribuição de cargos e outras maracutaias.

Dia 24 de maio vamos tomar Brasília com uma grande manifestação. Vamos ocupar a capital federal com milhares de manifestantes e exigir a retirada total das reformas da pauta do Congresso. Em seguida, as centrais precisam marcar de imediato uma nova Greve Geral de 48 horas para derrotar de vez Temer e a corja que está no Congresso.