Em Brasília, CSP-Conlutas defende rejeição total de reforma da Previdência

22/2/2017  - Dirigentes de sindicatos e centrais sindicais estiveram em Brasília, nesta terça-feira (21), para pressionar deputados a votarem contra a reforma da Previdência. Representando a CSP-Conlutas, o Sindicato levou cerca de 40 metalúrgicos da região em caravana para realizar um corpo a corpo com os parlamentares.

O dirigente da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, participou de uma audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e representantes de outras organizações de trabalhadores do campo e da cidade, como CUT, Força Sindical, Fetaeng e Contag.

No encontro, Mancha defendeu a rejeição total à reforma. “Isto não é reforma, é o desmonte da Previdência. As outras reformas realizadas nos governos anteriores já colocaram o trabalhador numa situação limite. É um absurdo a idade mínima de 65 anos. Como uma pessoa vai trabalhar no campo com essa idade, um professor ou um operário dentro de uma empresa? Por isso, somos contra essa proposta”, concluiu.


Frente em Defesa da Previdência
Os metalúrgicos também participaram de uma audiência pública sobre o tema no Congresso Nacional. A atividade foi organizada pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência e contou com a participação de deputados, senadores e membros de entidades de classe.

Presidida pelo senador Paulo Renato Paim (PT-RS), a mesa dos debatedores também contou com a economista e liderança da Auditoria Cidadã da Dívida Pública Maria Lúcia Fatorelli. Ela desmentiu o argumento do governo de que a Previdência está falida.

“O rombo não está na Previdência, está na dívida pública que nunca passou por uma auditoria. A PEC 241 e a aprovação da DRU (Desvinculação das Receitas da União) tiveram como justificativa a dívida pública. Mas eu pergunto a vocês, se houvesse o déficit, como desviaríamos 30% do dinheiro da Previdência através da DRU?”, questionou Fatorelli.

Protesto no Congresso
Após a audiência, os metalúrgicos realizaram um protesto e caminharam pelos corredores do Congresso Nacional carregando cartazes e gritando palavras de ordem contra a reforma da Previdência. Os manifestantes abordaram diversos deputados e cobraram o posicionamento contra a reforma.

“Nós estivemos aqui hoje para cobrar de todos os parlamentares o voto contra qualquer tentativa de retirada de direitos dos trabalhadores. Se a reforma da Previdência for aprovada, significa que trabalharemos até morrer e não receberemos a aposentadoria. É preciso que todos os trabalhadores se mobilizem, rumo à Greve Geral”, analisa o diretor do Sindicato Weller Pereira da Silva.

Informações Sindmetalsjc