Efeito Trump: Sindicato dos Metalúrgicos de São José quer mobilização contra ameaça aos empregos na GM
Assembleia na GM, dia 9 (foto: Roosevelt Cássio/Divulgação Sindmetalsjc) |
A concessão de férias coletivas foi decidida, segundo informação da montadora, em razão do cancelamento de exportação de 25 mil veículos para o México. As vendas para este país representam 27% da produção da GM de São José, onde são fabricados os modelos S10 e Trailblazer.
Segundo a GM, o cancelamento da exportação já seria resultado da instabilidade fruto da política comercial adotada pelo novo presidente norte-americano, Donald Trump.
Em assembleia, no último dia 9, os metalúrgicos da montadora se posicionaram contra a postura do governo Trump e aprovaram o inicio de uma mobilização para garantir os postos de trabalho. Uma nova reunião entre o sindicato e a GM acontece nesta quarta-feira, dia 15.
O Sindicato vai solicitar também uma audiência pública com os ministros da Indústria e Comércio, Marcos Pereira, e com das Relações Exteriores, José Serra, para debater o tema.
"O Sindicato dos Metalúrgicos está novamente muito correto em sua iniciativa e os trabalhadores da GM de parabéns por mostrarem disposição para tocar uma mobilização", avalia Toninho Ferreira, presidente do PSTU de São José dos Campos e suplente de deputado federal.
"A postura do governo Trump e situações como essa na GM, uma multinacional norte-americana, tem a ver com questões como protecionismo, políticas comerciais, enfim, com a própria lógica do imperialismo. O que temos de ter claro é que os prejudicados nessa história sempre são os trabalhadores, se depender dos governos e empresas. Por isso, essa é uma luta de classe, dos trabalhadores, sejam do Brasil e dos EUA, contra eles", avaliou Toninho.