Servidores municipais de Jacareí protestam contra ataques do governo Hamilton Mota (PT)

14/4/2016 - Nesta quarta-feira, dia 13, os servidores municipais de Jacareí foram às ruas em protesto contra os ataques do prefeito Hamilton Mota (PT). Trabalhadores de diversos setores realizaram uma passeata contra o corte no adicional de periculosidade, bem como pela Campanha Salarial da categoria.

Os trabalhadores foram até a Câmara Municipal, onde exigiram ser recebidos pelos vereadores para cobrar uma posição do legislativo a favor dos direitos da categoria.

Ataques aos direitos
A Prefeitura retirou o pagamento do adicional de insalubridade de quase todos os servidores. Em janeiro deste ano, a empresa Prontoclin, contratada pela Prefeitura, apresentou um laudo que contém uma série de erros, definindo que vários trabalhadores em funções que oferecem risco à saúde não tem o direito de receber o adicional como determina a lei.

“O relatório é tão duvidoso que mesmo entre servidores que executam os mesmos serviços, uns recebem, outros não. Auxiliares recebem o benefício, mas profissionais de determinadas funções, não. Um absurdo”, explica o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Jacareí, Alexandre Pereira.

“Os servidores do SAAE, Serviço de Água e Esgoto, também perderam o adicional, apesar de estarem expostos a vários riscos, como encanadores, mestres de saneamento, auxiliar de serviços gerais que trabalham na limpeza de decantadores do ETA, entre outras funções”, disse.
Em relação à Campanha Salarial, a data-base venceu em março. O sindicato dos servidores já apresentou pauta de reajuste e direitos, mas até agora a Prefeitura não se pronunciou.



A crise sobre os trabalhadores
Em Jacareí, por falta de repasses da Prefeitura, funcionários terceirizados de creches e da limpeza e vigilância da Santa Casa já ficaram sem receber salários.

A Guarda Civil Municipal luta há mais de um ano pelo reconhecimento de direitos da categoria, como estatuto próprio, seguro de vida e aposentadoria especial, sem que sejam atendidos pelo prefeito.

Os servidores do SAAE realizaram este vários protestos para exigir o pagamento de seus direitos, além de denunciar a má qualidade da água fornecida na cidade, por falta de aplicação de produtos.
A saúde é um dos setores mais afetados. O caos é tanto que o secretário municipal da Saúde se viu obrigado a deixar o cargo este ano, após um médico da Santa Casa  denunciar a falta de  plantonistas no hospital.

“Em todo o país, os governos, seja da esfera federal, estadual ou municipal, estão jogando a crise sobre os servidores públicos com vários ataques, como atrasos de salários, cortes de direitos, entre outros”, afirma a vice-presidente do STMJ, Sueli Cruz.

“Os trabalhadores não aguentam mais tantos ataques, que têm resultado em corte de direitos, sobrecarga de trabalho e piora no atendimento à população. Não são os trabalhadores que devem pagar a crise criada pelos governos e capitalistas. Vamos nos manter mobilizados para lutar pelos nossos direitos”, disse Sueli.