Artigo: Trabalhadores precisam por todos pra fora e construir nova alternativa
9/3/2016 - Por Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SJCampos
O noticiário dos últimos dias revela a gravidade da crise política instalada no Brasil. Lideranças das principais instituições estão envolvidas até o pescoço em corrupção, desde a presidente da República aos presidentes da Câmara e do Senado e dirigentes dos três maiores partidos (PT, PMDB e PSDB).
A bombástica delação premiada do ex-líder do PT na Câmara dos Deputados, Delcídio do Amaral (que não foi oficializada, mas também não foi negada), envolve Dilma e o ex-presidente Lula como beneficiados do dinheiro desviado da Petrobras. Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, responderá por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
A situação é tão grave que, em caso de impeachment da presidente Dilma (PT), nenhum daqueles que poderiam ocupar a vaga (Cunha, Temer, Renan ou Aécio), a depender do tipo de afastamento, têm moral para fazê-lo.
Os casos de corrupção envolvendo o PSDB e seus dirigentes são notórios, como o Trensalão (fraude na licitação de trens em São Paulo desde o governo Mário Covas), o esquema de propinas em Furnas, que envolve diretamente Aécio Neves, ou o desvio de recursos da merenda escolar no governo Alckmin.
Essa breve descrição demonstra que o impeachment de Dilma não irá solucionar os problemas dos trabalhadores. De que adianta tirar Dilma para que Cunha, Michel, Renan (PMDB) ou Aécio (PSDB) assumam o cargo? Que moral tem esse Congresso de picaretas para comandar um processo como esse?
Precisamos ir às ruas para colocá-los para fora! Além da corrupção, eles têm outra coisa em comum. PT, PMDB e PSDB estão juntos quando o assunto é empurrar a conta da crise para o trabalhador.
Todos eles defendem o Ajuste Fiscal, que castiga a classe trabalhadora, aumenta impostos, corta o orçamento da Saúde e Educação e retira direitos.
Não podemos defender Dilma e o governo do PT. Tampouco é certo apoiar as manifestações convocadas pelo PSDB – como a que ocorrerá dia 13 – que estão interessadas apenas no impeachment.
Os trabalhadores deverão ir às ruas sim, mas pela organização de novas eleições gerais, para presidente, senadores e deputados. Eleições em que todos os políticos acusados de corrupção sejam proibidos de participar e as empresas não possam financiar os candidatos.
Por isso, a CSP-Conlutas está convocando manifestações nos dias 1º de abril em todo o país e 1º de maio em São Paulo.
É fundamental reivindicarmos o fim dos privilégios dos parlamentares e governantes, que nenhum ganhe mais que um operário ou professor e que todos os mandatos sejam revogáveis. Que os trabalhadores possam substituir o governante, sempre que este não atenda as necessidades da população.
A solução para os trabalhadores é criar um governo que atenda seus próprios interesses e não de banqueiros e patrões. Um governo socialista, que seja baseado e governe a partir de Conselhos Populares, onde os trabalhadores e a maioria do povo decidam os rumos do país.
Artigo publicado em www.sindmetalsjc.org.br
O noticiário dos últimos dias revela a gravidade da crise política instalada no Brasil. Lideranças das principais instituições estão envolvidas até o pescoço em corrupção, desde a presidente da República aos presidentes da Câmara e do Senado e dirigentes dos três maiores partidos (PT, PMDB e PSDB).
A bombástica delação premiada do ex-líder do PT na Câmara dos Deputados, Delcídio do Amaral (que não foi oficializada, mas também não foi negada), envolve Dilma e o ex-presidente Lula como beneficiados do dinheiro desviado da Petrobras. Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, responderá por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
A situação é tão grave que, em caso de impeachment da presidente Dilma (PT), nenhum daqueles que poderiam ocupar a vaga (Cunha, Temer, Renan ou Aécio), a depender do tipo de afastamento, têm moral para fazê-lo.
Os casos de corrupção envolvendo o PSDB e seus dirigentes são notórios, como o Trensalão (fraude na licitação de trens em São Paulo desde o governo Mário Covas), o esquema de propinas em Furnas, que envolve diretamente Aécio Neves, ou o desvio de recursos da merenda escolar no governo Alckmin.
Essa breve descrição demonstra que o impeachment de Dilma não irá solucionar os problemas dos trabalhadores. De que adianta tirar Dilma para que Cunha, Michel, Renan (PMDB) ou Aécio (PSDB) assumam o cargo? Que moral tem esse Congresso de picaretas para comandar um processo como esse?
Precisamos ir às ruas para colocá-los para fora! Além da corrupção, eles têm outra coisa em comum. PT, PMDB e PSDB estão juntos quando o assunto é empurrar a conta da crise para o trabalhador.
Todos eles defendem o Ajuste Fiscal, que castiga a classe trabalhadora, aumenta impostos, corta o orçamento da Saúde e Educação e retira direitos.
Não podemos defender Dilma e o governo do PT. Tampouco é certo apoiar as manifestações convocadas pelo PSDB – como a que ocorrerá dia 13 – que estão interessadas apenas no impeachment.
Os trabalhadores deverão ir às ruas sim, mas pela organização de novas eleições gerais, para presidente, senadores e deputados. Eleições em que todos os políticos acusados de corrupção sejam proibidos de participar e as empresas não possam financiar os candidatos.
Por isso, a CSP-Conlutas está convocando manifestações nos dias 1º de abril em todo o país e 1º de maio em São Paulo.
É fundamental reivindicarmos o fim dos privilégios dos parlamentares e governantes, que nenhum ganhe mais que um operário ou professor e que todos os mandatos sejam revogáveis. Que os trabalhadores possam substituir o governante, sempre que este não atenda as necessidades da população.
A solução para os trabalhadores é criar um governo que atenda seus próprios interesses e não de banqueiros e patrões. Um governo socialista, que seja baseado e governe a partir de Conselhos Populares, onde os trabalhadores e a maioria do povo decidam os rumos do país.
Artigo publicado em www.sindmetalsjc.org.br