Metalúrgicos da GM protestam contra política do governo Dilma

6/5/2015 - Os metalúrgicos da General Motors realizaram uma manifestação em São José dos Campos na manhã desta quarta-feira, dia 6, contra a política econômica e a retirada de direitos promovida pelo governo Dilma.
Diante de ameaça de demissões e fechamento de postos de trabalho em todo o país, os trabalhadores também exigiram que a presidente edite uma medida provisória determinando a estabilidade no emprego.

Cerca de três mil metalúrgicos participaram da passeata que percorreu pouco mais de um quilômetro, entre o viaduto do bairro Vista Verde até a portaria da S10. No total, a manifestação durou duas horas, provocando uma hora de atraso na produção.

Lay-off
A GM anunciou, nessa terça-feira, a extensão do lay-off para mais 325 trabalhadores na planta de São José dos Campos. Eles terão o contrato de trabalho suspenso a partir desta sexta-feira, dia 8, e retornarão à fábrica dia 8 de agosto, junto com outros 473 metalúrgicos que estão em lay-off desde março.

Estabilidade
As montadoras estão fechando postos de trabalhado em todo país. O governo Dilma pode evitar estas demissões, garantindo a estabilidade no emprego.

Entre 2011 e 2014, o governo abriu mão de nada menos que R$ 11 bilhões em impostos para as montadoras. Esse dinheiro refere-se apenas ao que deixou de ser arrecadado pelos cofres públicos com a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

Além de não garantir os empregos, este dinheiro ainda serviu para encher os bolsos dos acionistas. Desde 2011, as montadoras enviaram ao exterior mais de R$ 27 bilhões em remessa de lucros. Enquanto isso, o saldo de geração de empregos no setor segue negativo. Entre março de 2014 e março de 2015, foram fechados 15 mil postos de trabalho.

Além do desemprego, os trabalhadores também estão sofrendo as consequências do ajuste fiscal imposto pelo governo, com corte de direitos trabalhistas, de investimentos em serviços públicos e com aumento das taxas e impostos.

Durante anos, o governo concedeu aos empresários uma série de benefícios. Agora, o ‘remédio amargo’ do ajuste fiscal, defendido pelo ministro Joaquim Levy, vem apenas para os trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

Enquanto o governo protege o lucro das montadoras, os trabalhadores estão perdendo seus empregos. Por isso, é urgente que Dilma proíba as demissões e reduza a jornada de trabalho”, completou Macapá.

Sindmetalsjc