Metalúrgicos do ABC fecham Anchieta em protesto contra demissões. Todo apoio e solidariedade!

Foto: Romerito Pontes/PSTU
12/1/2015 - Nesta segunda-feira, dia 12, a Rodovia Anchieta foi tomada por trabalhadores metalúrgicos em protesto contra as mais de mil demissões ocorridas na Volkswagen e Mercedes Benz, no ABC Paulista. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ao menos 20 mil trabalhadores participaram da passeata.

O protesto saiu de dois pontos distintos, sendo um integrado por metalúrgicos da Ford e da Mercedes, sentido litoral, que partiu na altura do km 19 da rodovia, e outro com concentração na fábrica Volkswagen, na altura do km 21. Ambas as manifestações se encontraram em frente ao Centro de Formação dos Profissionais de Educação (Cenforp) e realizaram no local um ato unificado.

É preciso unidade e solidariedade de classe: demitiu, tem que parar!
Sindicatos e movimentos sociais cercaram de solidariedade a greve da Volks e compareceram ao ato. Entre eles, a Central Sindical e Popular CSP-Conlutas, Movimento Mulheres em Luta (MML), Sindicato dos Metroviários de SP, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (ANEL), DCE Livre da USP, entre outros.

Integrante da Executiva Nacional da CSP-Conlutas e secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Luiz Carlos Prates, o Mancha, destacou que é necessário reverter as demissões na Volks e na Mercedes, pois elas representam um ataque ao conjunto à classe trabalhadora.

A manifestação juntou trabalhadores da Volks, Mercedes, Karmann Ghia e vários outros setores das principais fábricas da região e mostrou uma unidade operária contra as demissões que não se via há tempos no ABC”, frisou.

É necessário a unidade dos trabalhadores”, disse, completando com o lema entoado pelos trabalhadores durante a marcha: “demitiu, tem que parar”.

O PSTU também esteve presente com sua militância e o presidente nacional do partido, Zé Maria.

"É preciso impulsionar a solidariedade de todos os sindicatos e movimentos sociais do país aos trabalhadores em greve e adotar medidas concretas de extensão e unificação da luta. Neste processo, pode e deve se somar a luta contra os cortes de direitos trabalhistas e sociais adotadas pelo governo em dezembro. Esta luta também é de toda a classe trabalhadora", afirma Zé Maria,

O Presidente Nacional do PSTU defendeu ainda que é preciso exigir do governo Dilma que proíba as demissões. "O governo tem instrumentos jurídicos para isso, afinal não editou vários decretos para ajudar as montadoras durante todos esses anos? Por que agora não pode editar um decreto proibindo as demissões para ajudar os trabalhadores? O governo só precisa ter vontade política para isso". 

Informações Facebook PSTU e CSP-Conlutas