SAIU NA IMPRENSA: Em S. José, candidato Zé Maria critica financiamento privado às campanhas


4/9/2014 - SITE DE NOTÍCIAS MEON - Com direito a menos de um minuto no programa eleitoral gratuito e preterido nos dois primeiros debates eleitorais na televisão, o candidato à Presidência da República, Zé Maria (PSTU) é um questionador da democracia no processo eleitoral brasileiro. O metalúrgico dispara contra o financiamento privado das campanhas e o próprio código eleitoral para defender que, na prática, as eleições não dão a todos os partidos as mesmas condições de disputa.

Cumprindo agenda em São José dos Campos durante a manhã e tarde desta quarta-feira (3), Zé Maria realizou passeata pelo centro da cidade e foi à portaria da GM (General Motors), onde distribuiu panfletos e fez discursos aos trabalhadores durante a troca de turno das 14h. A empresa passa por um momento delicado após anunciar nesta terça-feira uma lista com 930 trabalhadores que vão passar cinco meses em regime de lay-off (suspensão temporária de contrato).

"Essa é a democracia do nosso código eleitoral, que incentiva os partidos a realizarem coligações escusas para ganhar mais tempo no programa eleitoral e ainda permite que empresas privadas invistam milhões nas campanhas dos candidatos destes mesmos partidos", explica.

Sobre a crise da GM e em outras montadoras da RMVale, o candidato do PSTU criticou a postura do governo. Zé Maria afirma que nos últimos anos as empresas da região receberam R$ 27 bilhões em isenções fiscais e que grande parte desse dinheiro, cerca de R$ 10 bilhões, segundo o metalúrgico, é enviado às fábricas que as empresas mantêm fora do país.

"Os empresários recebem todas essas regalias do governo e, ao primeiro sinal de queda nas vendas, já optam pela via da demissão. O governo federal não toma uma medida sequer. Nossa proposta é de que as riquezas produzidas no Brasil fiquem aqui e que as empresas que recebem recursos do governo sejam proibidas de demitir", afirma.

Via dupla 
Ciente das poucas chances no processo eleitoral, o candidato afirma que a campanha do PSTU atua não só na busca de votos, mas também no fortalecimento das causas dos operários. "Por onde passamos, além de evidentemente apresentarmos nossa candidatura e nossa proposta, também reforçamos a luta pela redução da jornada de trabalho, entre outras causas dos trabalhadores", explica.

Ainda na portaria da fábrica, Zé Maria aproveitou para disparar contra a nova política defendida por Marina Silva (PSB), uma das candidatas que lideram as pesquisas de intenção de voto. Para o candidato, o que tem se visto nessas eleições é o mesmo panorama estabelecido nas disputas anteriores.

"Se as mudanças não vem com o PT ou o PDSB, tampouco teremos melhorias para a classe operária com uma candidata cuja campanha é financiada por banqueiros. É preciso saber que não existe grandes empresários nesse país que não sobrevivam da exploração dos trabalhadores. Enquanto tivermos essas pessoas no poder, a situação da classe desfavorecida não muda de verdade", conclui.