Em defesa dos moradores do Banhado. Pela permanência das famílias!


7/8/2014 - A Prefeitura de São José dos Campos, agora sob o comando do PT, volta a ameaçar a remoção da comunidade do Jardim Nova Esperança, para construção da Via Banhado. Novamente, para atender os interesses de uma minoria, centenas de famílias serão penalizadas.

A Via do Banhado, apelidada pelos moradores de “Via Alphaville”, em referência aos condomínios de luxo que pretende atender, vai interligar a Via Norte à Via Oeste e à rodovia Carvalho Pinto, passando pelo bairro do Rio Comprido, onde os moradores já começam a receber as mesmas pressões. É, portanto, uma via de acesso para beneficiar a população mais rica da cidade. A população trabalhadora, por outro lado, nada tem a ganhar e será novamente prejudicada.

A Prefeitura já informou que as famílias serão obrigadas a saírem de suas casas. O processo para obtenção de licenciamento já está sendo feito pela prefeitura junto à Cetesb e uma audiência pública será realizada.

O PSTU é contra a retirada das famílias do Jardim Nova Esperança. A retirada dos moradores para a construção de uma avenida, além de ser uma violência sem tamanho, coloca em risco o próprio ecossistema do Banhado. A comunidade do Jardim Nova Esperança está no Banhado há mais de 70 anos e é uma das responsáveis pela preservação do local.

“Com cultivo de hortas, eles retiram dali seu sustento e contribuem para a preservação do local. Jogar asfalto onde hoje existe vida colocará em risco as dezenas de minas d’água e vertentes que existem, e não vai ajudar em nada para a preservação daquele ecossistema que é fundamental, por exemplo, para a manutenção do equilíbrio térmico da cidade”, afirma o presidente do PSTU de São José dos Campos e candidato a deputado federal Toninho Ferreira.

Toninho também denunciou que essa tentativa de expulsão das famílias do Banhado faz parte de uma política de higienização social em São José, que ganhou força desde os governos do PSDB.

“É a velha política de expulsar a população pobre das áreas centrais para regiões periféricas, enquanto as áreas nobres ficam para os ricaços. Defendemos que, ao invés da remoção, a prefeitura construa no local equipamentos públicos, como escolas, postos de saúde e creches, que deem qualidade de vida às mais de 400 famílias que ali vivem há várias décadas”, afirmou Toninho.