Greves enfrentam intransigência de governos do PT. Todo nosso apoio e solidariedade!

7/3/2014 - Além da heroica greve dos garis cariocas, que ganha cada vez mais repercussão, outras duas greves na região também resistem, uma delas há mais de 80 dias.

São os guardas municipais de Jacareí, que estão de braços cruzados desde o dia 16 de dezembro, e os trabalhadores dos Correios, que completam nesta sexta-feira, dia 7, o 36° dia de uma paralisação nacional.

Em ambos os casos, os trabalhadores enfrentam a intransigência e o desrespeito aos diretos por parte dos governos do PT.

Em Jacareí, o prefeito Hamilton se nega a negociar a pauta dos trabalhadores, num absoluto desrespeito ao direito de greve, com desconto nos salários e ameaça punições.

Sem receber os salários, os trabalhadores enfrentam várias dificuldades. Nesta quinta-feira, dia 6, os servidores e seus familiares realizaram mais um protesto em frente à Prefeitura.

Os servidores reivindicam a criação de uma Lei Orgânica da Guarda Civil, Estatuto próprio, plano de aposentadora especial, pagamento de um seguro de vida pela Prefeitura, aumento do valor da taxa de risco de vida de 20% para 30% ou pagamento de adicional de periculosidade de 30% e mudança na referência salarial.

Os trabalhadores se propõem a compensar de alguma forma os dias parados. Mas a Prefeitura petista não aceita a proposta e ainda insiste em punir aos grevistas, o que é inadmissível e fere claramente o direito constitucional de greve.

Já recebemos apoio da população, de outras categorias de trabalhadores e sindicatos. Só o prefeito continua agindo de forma irracional, o que nos leva a manter a mobilização”, disse Luciano Aguilar, da comissão de greve dos guardas.

Correios
Os trabalhadores dos Correios estão em greve contra a terceirização do plano de saúde, o descumprimento de acordos por parte da estatal e também reivindicam a alteração do turno das entregas para o período da manhã, devido ao calor.

A paralisação que já completou 36 dias prossegue por tempo indeterminado. O julgamento da paralisação foi marcado para o próximo dia 12 de março, às 15h30, no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A exemplo dessas greves, outras também ocorrem pelo país, como nas obras do Comperj, no Rio, nas escolas técnicas estaduais (ETEs) e faculdades de tecnologia (Fatecs). É preciso solidariedade e apoio a todas essas lutas para que ganhem força e conquistem vitórias contra os patrões e os governos”, afirma Toninho Ferreira, presidente do PSTU de São José dos Campos.