No Vale, paralisações afetam GM, Embraer e outras fábricas

02/09/2013 - O Dia Nacional de Paralisações mobilizou cerca 30 mil trabalhadores no Vale do Paraíba, nas cidades de São José dos Campos, Jacareí, Santa Branca e Caçapava.

Metalúrgicos, petroleiros, trabalhadores dos Correios, do setor de Alimentação, químicos, vidreiros, professores, aposentados e estudantes promoveram greves, paralisações parciais e passeatas ao longo de todo o dia.

Em metalúrgicos, os protestos já começaram no dia 29, com o atraso na entrada dos turnos na Embraer. No dia 30, trabalhadores de outras 24 fábricas fizeram paralisações parciais e greves de 24h, totalizando cerca de 27 mil metalúrgicos mobilizados pelo dia nacional de paralisações.

Na GM, a greve de 24h afetou inclusive os funcionários de empresas terceirizadas da montadora.
Houve paralisação também na Avibras, Ericsson e Sun Tech. No condomínio industrial das Chácaras Reunidas houve “arrastão” de assembleias em várias fábricas e bloqueio do principal acesso ao bairro.

Na região de Jacareí e Santa Branca, teve mobilização na Emerson, Parker Hannifin, Inox, Wirex Cable, Volex e Press Mecânica. Em Caçapava, greve de 24h na fábrica composta por mulheres Blue Tech, na MWL e 3C.

Em várias empresas, as mobilizações foram garantidas com a participação de ativistas da base. Nas fábricas, várias atividades também contaram com o apoio da juventude, concretizando a unidade operário-estudantil.

Passeatas percorreram as ruas do centro de São José e Jacareí, onde os motoristas de ônibus também aderiram.

Além de metalúrgicos, houve paralisações na cervejaria Ambev, em Jacareí; na categoria de vidreiros, agências dos Correios em Taubaté e Pindamonhangaba e manifestação na Revap, refinaria da Petrobras, em São José.

“As manifestações fizeram exigências ao governo Dilma, protestaram contra o PL 4330 que amplia as terceirizações e serviram para impulsionar a Campanha Salarial dos metalúrgicos. Enquanto nossa pauta de reivindicações não for atendida, continuaremos mobilizados”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

“Desse processo, também saiu fortalecido o Fórum de Lutas que reúne vários sindicatos da região e que servirá como ponto de apoio para outras lutas e mobilizações da classe trabalhadora no Vale”, avaliou Macapá.

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