Unificar as lutas rumo à Greve Geral: 11 e 25 de novembro serao dias unificados de greves e paralisações no país

27/10/2016 - Organizar a luta dos trabalhadores, lutar pela unificação de todas as categorias e realizar uma jornada de lutas no mês de novembro, rumo à Greve Geral contra as reformas da Previdência e trabalhista, contra a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio (PEC 746). Essa foi a principal resolução da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, ocorrida entre os dias 21 e 23 de outubro.

As iniciativas votadas já estão na rua. Neste dia 24, a CSP-Conlutas participou das mobilizações contra a PEC 241 em Brasília e nas principais capitais do país. Essas são as primeiras atividades de um calendário que se estende até o dia 25 de novembro, para quando está sendo preparado um forte dia nacional de greves e paralisações.

Entre 4 a 20 de novembro, ocorrerão as atividades da “Marcha da Periferia”, para exigir a reparação dos direitos ao povo negro trabalhador e a luta contra o genocídio na periferia. No dia 20 é o dia da Consciência Negra.

Nos dias 11 e 25 de novembro, a CSP-Conlutas se somará ao calendário unificado das centrais, participando da jornada de lutas em unidade de ação pelas seguintes bandeiras: “Em defesa da Aposentadoria. Contra a reforma da Previdência. Em defesa dos Direitos dos Trabalhadores. Contra a reforma trabalhista. Em defesa da Saúde e da Educação; Contra a PEC 241 e a MP 746 da Reforma do Ensino Médio. Em defesa do emprego!”.

Unificar as datas e as pautas é um grande passo para construção da Greve Geral. Os ataques são enormes e a dispersão e a divisão das categorias não ajudam unificar as lutas. É com essa perspectiva que a central votou participar das iniciativas do dia 11 e colocar peso no dia 25, intensificando as paralisações e as greves, fazendo um forte dia que acumule forças para construção da Greve Geral contra as reformas da Previdência e trabalhista, que devem ser apresentadas ainda neste ano pelo governo Temer.

A batalha para construir um forte dia 25, em que também se comemora o Dia Latino-americano e Caribenho de Luta contra a Violência à Mulher, requer esclarecimento e organização dos trabalhadores.

O governo e o empresariado estão fazendo uma forte campanha de que é preciso endurecer as leis para aposentadoria, congelar os gastos públicos em 20 anos e atacar os nossos direitos para fazer o Brasil “voltar a crescer”. Mas a real é que o governo tenta “costurar” a base do Congresso para aprovar um pacote de medidas que jogam a conta da crise nas costas dos trabalhadores. Não é verdade que a solução para o país é que os trabalhadores fiquem com o prejuízo de uma crise que eles não criaram.

Por isso, como parte da construção do calendário de lutas, a CSP-Conlutas preparou uma forte campanha de esclarecimento sobre os ataques aos direitos que estão sendo preparados com as reformas previdenciária e trabalhista e que irá trabalhar em suas bases.

As mais de mil escolas ocupadas em todo o país, contra a Reforma do Ensino Médio (PEC 746) e a PEC 241, as greves das categorias, as manifestações dos servidores públicos, dos trabalhadores da educação e a paralisação nacional dos metalúrgicos realizada em setembro demonstram que a classe trabalhadora e a juventude estão dispostas a lutar. Uma Greve Geral não é só necessária, mas é possível. É preciso, desde já aprovar o dia 25 nas assembleias das categorias, realizar debates e construir os passos dessa luta.


Atnágoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas