Manifestação denunciou responsabilidade do governo Alckmin na crise de falta de água no estado


3/11/2014 - Mesmo sob um forte calor, cerca de 500 pessoas realizaram um ato em São Paulo, no último sábado, dia 1°, para protestar contra a falta de água.

Alckmin, cadê a água? Esta foi a pergunta feita pelos manifestantes, que caminharam do Largo do Batata até a sede da Sabesp, com faixas e cartazes, denunciando a crise de abastecimento de água no estado.

A manifestação contou com a participação da CSP-Conlutas e da ANEL, e reuniu partidos como o PSOL e PSTU.

“Vem, vem, vem pra rua vem. Cadê a água?” cantavam os manifestantes, animados com bumbos e instrumentos musicais.

Além de denunciar a falta d'água que já atinge vários bairros da capital paulista, principalmente da periferia, e outras cidades do estado, os manifestantes criticaram a política privatista do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e exigiram a reestatização completa da Sabesp, afirmando que "a água não é mercadoria".

A empresa ainda é considerada estatal, mas passou a ter suas ações na Bolsa de Valores e hoje tem quase a metade das ações nas mãos de acionistas privados. A busca por lucro e a falta de investimentos está na base da crise enfrentada hoje pelo estado.

No encerramento, os manifestantes jogaram em frente à empresa de água o que seria uma amostra do volume morto da Cantareira.

Foi a primeira manifestação organizada por entidades sindicais, estudantis e do movimento popular. A proposta é avançar na mobilização e exigir dos governos a solução para o problema. Protestos já estão se tornando comuns em cidades e bairros onde o racionamento já é realidade, como em Itu.

Segundo Arielli Tavares, do DCE da USP e da Anel, é necessário dar os primeiros passos dessa luta e denunciar a política criminosa de Alckmin.“Este foi só o começo”, disse.

Um novo ato está sendo convocado no dia 5 de novembro, com concentração no Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo.