Em defesa de empregos e direitos, quarta-feira, dia 28, será um dia nacional de luta

27/1/2015 - Assembleias, panfletagens, passeatas e manifestações unificadas estão programadas para ocorrer em varias cidades do país nesta quarta-feira, dia 28. É o “Dia Nacional de Luta por Empregos e Direitos”.

A mobilização nacional está sendo convocada por todas as centrais sindicais brasileiras, inclusive a CSP-Conlutas, em protesto contra as Medidas Provisórias 664 e 665. Editadas pelo governo Dilma no início deste ano, representam um grave ataque a direitos históricos dos trabalhadores.

As MPs reduzem benefícios como o seguro-desemprego, auxílio-doença, pensão por morte, PIS e seguro-defeso e fazem parte de um verdadeiro “pacote de maldades” que vêm sendo anunciado pelo governo, que inclui ainda aumento dos juros, de impostos e tarifas, veto ao aumento da correção da tabela do Imposto de Renda, cortes nos investimentos nas áreas sociais como saúde e educação, etc.

A presidente Dilma iniciou o segundo mandato disposta a garantir os lucros dos banqueiros, empresas e do agronegócio à custa de ataques aos direitos e às condições de vida dos trabalhadores e da maioria da população.

Segundo matéria do jornal Folha de S. Paulo desta segunda, 26, as medidas que restringem direitos trabalhistas e previdenciários teriam sido definidas até mesmo antes das eleições de outubro. Uma autoridade do governo teria afirmado ao jornal que as mudanças foram acordadas ainda na metade do ano de 2014. Como indício disso, o jornal cita o fato de o governo ter reduzido em quase R$ 9 bilhões os gastos com abono salarial no Projeto de Lei Orçamentário Anual (Ploa) enviado ao Congresso em agosto passado.

Isso significa que, em plena campanha eleitoral, enquanto Dilma (PT) acusava (corretamente) seu adversário Aécio Neves (PSDB) de, caso eleito, atacar os direitos trabalhistas, ela própria já preparava o bote sobre o seguro-desemprego e outros direitos. Enquanto na propaganda eleitoral atacava os bancos e o PSDB, na surdina preparava tudo aquilo que dizia que o PSDB ou Marina fariam. Isso não tem outro nome que não estelionato eleitoral.

Num cenário de piora da economia, com inflação, queda na produção e recessão na indústria, o governo deve aprofundar ainda mais os ataques sobre os trabalhadores.

O dia 28 deve ser um primeiro passo para unificar as lutas dos trabalhadores para enfrentar os ataques dos patrões e do governo. Bem como exigir medidas em defesa dos empregos e direitos. Afinal, o governo Dilma sempre socorreu e tomou medidas para favorecer as empresas, como as montadoras. Agora é hora de defender os trabalhadores”, afirma Luiz Carlos Prates, o Mancha, da CSP-Conlutas.