Contra ataques do governo Dilma, entidades realizam jornada de lutas de 7 a 9 de abril

2/4/2015 - Convocada pela CSP-Conlutas e várias entidades sindicais, do movimento popular e estudantil que compõem o Espaço Unidade de Ação, a “Jornada de Lutas em Defesa dos Trabalhadores” acontece nos próximos dias 7, 8 e 9 de abril.

Vamos protestar e lutar contra os ataques do governo Dilma e dos empresários aos trabalhadores.
Já está demonstrado que se depender dos governos e patrões, os trabalhadores e a maioria do povo é que vão pagar pela crise no país, com o aumento do desemprego, da inflação, dos ataques aos direitos e da piora nos serviços públicos.

As medidas contra os trabalhadores e a população vêm de todos os lados. Na terça-feira, dia 7, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) já avisou que pretende colocar em votação o PL 4330, que amplia a terceirização no país.

A validade das Medidas Provisória 664 e 665, que reduziram direitos como o seguro-desemprego, PIS, auxílio-doença e pensão por morte, e perderiam a validade até o final do mês porque possivelmente não daria tempo para serem votadas, foi prorrogada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).

O desemprego volta a assombrar os trabalhadores. Na construção civil, são milhares de trabalhadores demitidos e que sofreram calote, principalmente das empreiteiras envolvidas na Operação Lava a Jato. Nas montadoras, os metalúrgicos sofrem com demissões, lay-offs e férias coletivas, sem que o governo Dilma tome nenhuma medida em defesa dos empregos.

Os cortes no Orçamento para garantir o pagamento da Dívida Pública a banqueiros e especuladores estão estrangulando os investimentos no país, principalmente nos serviços públicos e áreas sociais. A juventude, por exemplo, sofre com o sucateamento das universidades públicas e bolsas estudantis, como o Fies, estão sofrendo cortes. A estimativa é que este ano, os cortes podem chegar a R$ 80 bilhões.

Só que os ataques são apenas contra a classe trabalhadora. Os poderosos continuam se beneficiando com a corrupção, sonegação de impostos e privilégios. Os escândalos de corrupção trazidos à tona pela Operação Lava a Jato, as contas na Suíça no banco HSBC e a Operação Zelotes da Polícia Federal mostram isso.

O governo Dilma e todos os partidos, seja da base aliada ou da oposição de direita, como PT, PSDB, PMDB, DEM, PPS, Solidariedade e outros, estão unidos para aplicar as medidas do ajuste fiscal contra os trabalhadores. Não dá para confiar no Congresso. Portanto, está mais do que na hora de a classe trabalhadora entrar em campo, com suas greves, paralisações, protestos e manifestações. É com luta que vamos impedir os ataques e garantir nossas reivindicações”, afirma Toninho Ferreira, presidente do PSTU de São José dos Campos.

Em São José dos Campos, metalúrgicos, trabalhadores dos Correios, da Alimentação, petroleiros e bancários programam manifestações.